Todos os anos, as atenções dos endocrinologistas se voltam para o famoso Standards da American Diabetes Association ( ADA ). Para a maioria, o primeiro ponto é o fluxograma de tratamento farmacológico da hiperglicemia. Quer ficar por dentro das mudanças?
– O primeiro ponto de grande destaque é assumir a possibilidade de que o tratamento inicial pode ser com outro agente que não a metformina!! Desde 2015 estamos sendo apresentados aos benefícios cardiovasculares e renais dos iSGLT2 e aGLP1, mas a metformina seguia reinando como primeira linha, ficando tais agentes como “adicionais” a depender da existência de comorbidades.
– Na guia de insuficiência cardíaca (HF) foi retirada a citação a FE <45% presente na edição anterior (seria um reflexo do EMPEROR Preserved?). O documento reforça que Empagliflozina e Dapagliflozina são os agentes com benefícios comprovados nessa população.
– Já na doença renal crônica (CKD), os iSGLT2 seguem reinando, ficando os aGLP1 como segunda opção em caso de intolerância ou contra-indicação às gliflozinas. Em pacientes com TFG < 60ml/min sem albuminúria, a proposta seria o uso de uma das duas classes, objetivando a redução de risco CV.
– Foi trocado o termo “adição” por “incorporação” de novos agentes, sugerindo o uso de agentes com maior eficácia no controle glicêmico (citando aGLP1 e Insulinoterapia), facultando trocas e associação de mais de um agente a depender dos níveis glicêmicos e comorbidades.
– Na guia “Custo”, a insulinoterapia foi citada na primeira linha do novo guideline da American Diabetes Association. Considerando a exigência de minimizar risco de hipoglicemia, o uso de análogos “genéricos” pode ser uma alternativa.